Índice
O pacote build-essential tem de ser instalado no ambiente de compilação.
O pacote devscripts deve ser instalado no ambiente de desenvolvimento do maintainer.
É boa ideia instalar e configurar todos os conjuntos de pacotes populares mencionados neste capítulo. Isto permite-nos partilhar uma base comum de ambiente de trabalho, apesar de este não ser um requerimento absolutamente necessário.
Por favor considere também instalar as ferramentas mencionadas em “Overview of Debian Maintainer Tools” no “Debian Developer’s Reference”, como necessário.
![]() | Cuidado |
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As configurações de ferramenta apresentadas aqui servem apenas de exemplo e podem não estar atualizadas com os pacotes mais recentes no sistema. O desenvolvimento Debian é um alvo em movimento. Por favor certifique-se de ler a documentação pertinente e actualize a configuração se necessário. |
Várias ferramentas de manutenção Debian reconhecem o seu endereço de email e nome a usar pelas variáveis de ambiente da shell $DEBEMAIL e $DEBFULLNAME.
Vamos configurar essas variáveis de ambiente ao adicionar as seguintes linhas ao ~/.bashrc [6].
Adicione ao ficheiro ~/.bashrc.
DEBEMAIL="osamu@debian.org" DEBFULLNAME="Osamu Aoki" export DEBEMAIL DEBFULLNAME
![]() | Nota |
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O que está em cima é para o autor deste manual. Os exemplos de configuração e operação apresentados neste manual usam essas definições de endereço de email e nome. Você tem de usar o seu endereço de email e seu nome para o seu sistema. |
O comando mc oferece maneiras muito fáceis de gerir ficheiros. Ele pode abrir o ficheiro binário deb para verificar o seu conteúdo ao pressionar a tecla Enter sobre o ficheiro binário deb. Ele usa o comando dpkg-deb como seu back-end. Vamos configura-lo para usar chdir fácil como se segue.
Adicione ao ficheiro ~/.bashrc.
# mc related if [ -f /usr/lib/mc/mc.sh ]; then . /usr/lib/mc/mc.sh fi
Hoje em dia, o comando git e a ferramenta essencial para gerir a árvore fonte com histórico.
A configuração de utilizador global para o comando git como o seu nome e endereço de email pode ser definida em ~/.gitconfig como se segue.
$ git config --global user.name "Osamu Aoki" $ git config --global user.email osamu@debian.org
Se você está muito acostumado aos comandos do CVS ou Subversion, pode desejar definir vários nomes alternativos de comandos como se segue.
$ git config --global alias.ci "commit -a" $ git config --global alias.co checkout
Você pode verificar a sua configuração global como se segue.
$ git config --global --list
![]() | Dica |
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É essencial usar algumas ferramentas GUI do git como gitk ou gitg para trabalha efectivamente com o histórico do repositório git. |
O comando quilt oferece um método básico de gravar modificações. Para o empacotamento Debian, deve ser personalizado para guardar modificações no directório debian/patches/ em vez de no seu directório predefinido patches/.
De modo a evitar alterar o comportamento do próprio comando quilt, vamos criar um nome alternativo dquilt para o empacotamento Debian ao adicionar as seguintes linhas ao ficheiro ~/.bashrc. A segunda linha fornece a mesma funcionalidade de completação da shell do comando quilt para o comando dquilt.
Adicione ao ficheiro ~/.bashrc.
alias dquilt="quilt --quiltrc=${HOME}/.quiltrc-dpkg" . /usr/share/bash-completion/completions/quilt complete -F _quilt_completion $_quilt_complete_opt dquilt
Depois vamos criar ~/.quiltrc-dpkg como se segue.
d=. while [ ! -d $d/debian -a `readlink -e $d` != / ]; do d=$d/..; done if [ -d $d/debian ] && [ -z $QUILT_PATCHES ]; then # if in Debian packaging tree with unset $QUILT_PATCHES QUILT_PATCHES="debian/patches" QUILT_PATCH_OPTS="--reject-format=unified" QUILT_DIFF_ARGS="-p ab --no-timestamps --no-index --color=auto" QUILT_REFRESH_ARGS="-p ab --no-timestamps --no-index" QUILT_COLORS="diff_hdr=1;32:diff_add=1;34:diff_rem=1;31:diff_hunk=1;33:" QUILT_COLORS="${QUILT_COLORS}diff_ctx=35:diff_cctx=33" if ! [ -d $d/debian/patches ]; then mkdir $d/debian/patches; fi fi
Veja quilt(1) e “Como Sobreviver Com Muitas Patches ou Introdução ao Quilt (quilt.html)” sobre como usar o comando quilt.
Veja “Secção 5.9, “Passo 3 (alternativos): Modificação da fonte do autor”” para exemplos de utilização.
Note that “gbp pq” is able to consume existing debian/patches, automate updating and modifying the patches, and export them back into debian/patches, all without using quilt nor the need to learn or configure quilt.
O comando debsign, incluído no pacote devscripts, é usado para assinar o pacote Debian com a sua chave GPG privada.
O comando debuild, incluído no pacote devscripts, compila o pacote binário e verifica-o com o comando lintian. É útil ter resultados detalhados gerados do comando lintian.
Você pode configurar estes no ~/.devscripts como se segue.
DEBUILD_DPKG_BUILDPACKAGE_OPTS="-i -I -us -uc" DEBUILD_LINTIAN_OPTS="-i -I --show-overrides" DEBSIGN_KEYID="Your_GPG_keyID"
As opções -i e -I em DEBUILD_DPKG_BUILDPACKAGE_OPTS para o comando dpkg-source ajuda na recompilação de pacotes Debian sem conteúdos estranhos (veja “Capítulo 8, Sanitização da fonte”).
Actualmente, uma chave RSA com 4096 bits é uma boa ideia. Veja “Criando uma nova chave GPG”.
O pacote sbuild fornece um ambiente de compilação (“chroot”) de sala limpa. Oferece isto eficientemente com a ajuda do schroot usando a funcionalidade bind-mount do kernel Linux moderno.
Como é o mesmo ambiente de compilação que a infraestrutura buildd de Debian, está sempre atualizado e vem completo de funcionalidades úteis.
Pode ser personalizado para oferecer as seguintes funcionalidades:
Vamos configurar o ambiente sbuild [7]:
$ sudo apt install sbuild piuparts autopkgtest lintian $ sudo apt install sbuild-debian-developer-setup $ sudo sbuild-debian-developer-setup -s unstable
Vamos actualizar a sua adesão a grupos para incluir o sbuild e verifica-lo:
$ newgrp - $ id uid=1000(<yourname>) gid=1000(<yourname>) groups=...,132(sbuild)
Aqui, “reiniciar o seu computador” ou “kill -TERM -1” pode ser usado para actualizar a sua adesão aos grupos [8] .
Vamos criar o ficheiro de configuração ~/.sbuildrc alinhado com a prática Debian recente de “envio-apenas-fonte” como:
cat >~/.sbuildrc << 'EOF' ############################################################################## # PACKAGE BUILD RELATED (source-only-upload as default) ############################################################################## # -d $distribution = 'unstable'; # -A $build_arch_all = 1; # -s $build_source = 1; # --source-only-changes $source_only_changes = 1; # -v $verbose = 1; ############################################################################## # POST-BUILD RELATED (turn off functionality by setting variables to 0) ############################################################################## $run_lintian = 1; $lintian_opts = ['-i', '-I']; $run_piuparts = 1; $piuparts_opts = ['--schroot', 'unstable-amd64-sbuild']; $run_autopkgtest = 1; $autopkgtest_root_args = ''; $autopkgtest_opts = [ '--', 'schroot', '%r-%a-sbuild' ]; ############################################################################## # PERL MAGIC ############################################################################## 1; EOF
![]() | Nota |
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Existem alguns casos excecionais como NOVOS envios, envios com NOVOS pacotes binários, e envios de segurança onde não vai poder fazer envio-apenas-fonte mas será necessário enviar com pacotes binários. A configuração de cima precisa de ser ajustada para esses casos excecionais. |
O documento seguinte assume que o sbuild está configurado deste modo.
Edite isto à sua necessidade. Os testes pós-compilação pode ser ligados e desligados ao atribuir 1 ou 0 às variáveis correspondentes,
![]() | Atenção |
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A personalização opcional pode causar efeitos negativos. Em caso de dúvidas. desative-a. |
![]() | Nota |
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O make paralelo pode falhar para alguns pacotes existentes e pode tornar o relatório de compilação difícil de ler. |
![]() | Dica |
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Muitas dicas relacionadas com sbuild estão disponíveis em “Secção 9.7, “Nota sobre o sbuild”” e “https://wiki.debian.org/sbuild” . |
![]() | Nota |
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O uso de sistema de ficheiros chroot copiado independente previne a contaminação do chroot fonte usado pelo sbuild. |
Para compilar novos pacotes experimentais ou para depurar pacotes bugados, vamos configurar um chroot persistente dedicado “source:unstable-amd64-desktop” ao:
$ sudo cp -a /srv/chroot/unstable-amd64-sbuild /srv/chroot/unstable-amd64-desktop $ sudo tee /etc/schroot/chroot.d/unstable-amd64-desktop-XXXXXX << EOF [unstable-desktop] description=Debian sid/amd64 persistent chroot groups=root,sbuild root-groups=root,sbuild profile=desktop type=directory directory=/srv/chroot/unstable-amd64-desktop union-type=overlay EOF
Aqui, o perfil desktop é usado em vez do perfil sbuild. Por favor certifique que ajusta /etc/schroot/desktop/fstab para tornar o pacote fonte acessível a partir do interior da chroot.
Você pode iniciar sessão nesta chroot “source:unstable-amd64-desktop” com:
$ sudo schroot -c source:unstable-amd64-desktop
O pacote git-buildpackage oferece o comando gbp(1). O seu ficheiro de configuração de utilizador é ~/.gbp.conf.
# Configuration file for "gbp <command>" [DEFAULT] # the default build command: builder = sbuild # use pristine-tar: pristine-tar = True # Use color when on a terminal, alternatives: on/true, off/false or auto color = auto
Você deve configurar um proxy de cache HTTP local para poupar na largura de banda para o acesso ao repositório de pacotes Debian. Existem várias escolhas:
De modo a usar este proxy HTTP sem ajustes manuais de configuração, é boa ideia instalar o pacote auto-apt-proxy ou squid-deb-proxy-client em todo lado.
Você pode definir um repositório de pacotes Debian privado com o pacote reprepro.
Para testar aplicações GUI, é boa ideia ter máquinas virtuais. Instale os pacotes virt-manager e qemu-kvm.
O uso de chroot e máquinas virtuais permite-nos não termos de actualizar o PC anfitrião para suite unstable mais recente.
De modo a aceder facilmente a máquinas virtuais numa rede local, é boa ideia configurar uma infraestrutura de descoberta de serviços DNS multicast ao instalar o avahi-utils.
Para todas as máquinas virtuais a correr e o PC anfitrião, nós podemos usar cada nome de máquina acrescentado com .local para o SSH para aceder a cada uma.
[6] Isto assume que você está a usar Bash como shell de login. Se você está a usar outra shell de login como a shell Z, use os seus ficheiros de configuração correspondentes em vez de ~/.bashrc.
[7] Tenha cuidado pois alguns HOWTOs antigos podem usar diferentes configurações de chroot.
[8] Simplesmente o “terminar e iniciar sessão sob alguns ambientes GUI Desktop modernos” pode não actualizar a sua adesão a grupos.